TECNOLOGIA DOS MOTORES MOVIDO A AR
(Sim, ele já existe)
Guy Nègre
Guy Nègre, um antigo engenheiro em aeronáutica e em fórmula 1, passou 30 anos para construir motores cada vez mais rápidos para competições e considera que “nos encontramos no final da era do petróleo e, por isso, temos de encontrar outras soluções.
Começou
a trabalhar no motor a ar nos primórdios de 1993.Diferente de
um motor elétrico, do qual um dos maiores problemas é o tempo de abastecimento,
o motor de Ar-comprimido pode ser abastecido com o custo de menos de R$ 4,00 para percorrer
entre 200/300km.
Se não tiver
um posto por perto não tem problemas, como alternativa, o carro tem um pequeno
compressor a bordo que permite recarregar entre 3 e 4 horas conectado a rede
elétrica.
Devido a ausência
de combustão e resíduos, a troca de óleo (1 litro de óleo vegetal) ocorre a
cada 50.000km.
A
temperatura do ar purificado que sai do escape está entre 0ºC e – 30ºC.
Permitindo assim a utilização para o próprio ar condicionado do carro.
Também diferente do motor
elétrico, motores de ar-comprimido tem uma vida útil muito maior, e não irão
poluir o ambiente como as baterias fazem quando descartadas, e podem até serem
reciclados.
Principais
características
Como o veículo
de Nègre não tem combustão, não existe a poluição. O ar da atmosfera que é
utilizado, previamente filtrado, se mistura com o ar comprimido no cilindro;
isto significa que o processo purifica 90 m3 de ar atmosférico por dia. No
primeiro protótipo finalizado, a autonomia revelou-se duas vezes superior à
autonomia do carro elétrico mais sofisticado (entre 200 e 300 km, ou 10 horas
de funcionamento). Este é um dado muito importante, porque 80% dos motoristas
conduzem menos de 60 km ao dia.
A previsão de Guy Nègre é a de que, quando o mercado se expandir, os postos de
abastecimento serão adaptados para vender o ar comprimido. O carro se carrega
em apenas três minutos com um custo de, aproximadamente, R$ 6,00 (seis Reais) para
percorrer entre 250 e 300 km.
Como alternativa, o carro tem um pequeno compressor à bordo que permite ser
recarregado ao ser conectado à rede elétrica, num tempo que varia entre 3 e 4
horas. Devido a ausência de combustão e de resíduos, a troca de óleo (1 litro
de óleo vegetal) ocorre a cada 50.000 km.
O ciclo do
motor MDI
“Um motor
revolucionário tem de ser acompanhado por um carro revolucionário. Outras
marcas somente adaptaram novas tecnologias a carros tradicionais, porém o nosso
MDI é único e, sem dúvida será o carro do futuro” , sentencia Nègre.
O motor MDI tem um sistema inovador muito importante: uma biela articulada.
Esta técnica permite que, quando o pistão alcança o final de seu ciclo, a
expansão se produz num volume constante. Esta patente poderá ser aplicada a
motores de combustão convencionais.
As três fases do seu funcionamento são:
a) Fase de compressão: no motor o ar
atmosférico é comprimido até uma pressão de 20 bars com o pistão e fica
transformado em ar quente de 400 ºC;
b) Fase de injeção de ar: assim que o
pistão para, o ar comprimido dos cilindros é injetado no espaço do motor onde
está o ar quente; e,
c) Fase de expansão: o ar é injetado criando uma maior
pressão e fazendo a ativação do motor. A técnica é tão simples quanto o ovo de
Colombo: o primeiro pistão absorve e comprime o ar atmosférico. O ar se desloca
para a câmera esférica onde é injetado com alta pressão pelos cilindros. A
expansão da mistura do ar atmosférico mais o ar comprimido move o pistão que
gera a energia do veiculo.
Zero Poluição
O ar purificado
que sai do cano de escapamento registra uma temperatura entre 0ºC e 30ºC
negativos permitindo, assim, a sua utilização para o próprio sistema de ar
condicionado do carro.
Graças a este particular sistema, o motor MDI está aberto a diferentes
aplicações, permitindo o seu uso fora da industria automobilística. Já foi
testado com sucesso em barcos, mas a sua capacidade tem potencial para muitas
outras aplicações.
O motor MDI é ideal para o armazenamento de energia gerada por sistemas de
“Zero Poluição”, como sistemas solares, eólicos e, também, sistemas
hidroelétricos. Até o momento o armazenamento de energia depende de baterias o
que torna o sistema bastante problemático. O sistema MDI, representa, nesse
sentido, um grande avanço por se transformar num sistema muito eficiente de
armazenamento e transformação de energia.
O carro deve a sua autonomia aos tanques de ar comprimido que têm uma
capacidade de 90 m3 a 300 bars. O ar que sai do cano de escapamento é ainda
mais limpo do que aquele que entrou, pois é filtrado na hora da compressão. O
sistema de ar-condicionado está baseado na reciclagem do ar, como o ar sai gelado aproveita-se no ar-condicionado, economizando muito em peças, recarga de gás e outros. Tornando-o em um verdadeiro carro ecológicamente correto.
O carro é simples e ligeiro. Sua estrutura externa é feita de fibra de vidro,
como nos carros mais modernos (Renault Espace), ao contrário dos carros
habituais que são metálicos. O chassi é tubular, como nos carros de corrida e
nas motos; com isso se obtém rigidez máxima e redução de peso. Por outro lado,
as peças não estão soldadas e sim coladas, como na tecnologia aeroespacial, reduzindo
significativamente o tempo de montagem.
Sistema
computadorizado
O veículo não
tem os habituais contadores de velocidade analógicos; em seu lugar dispõe de um
pequeno computador que repassa as informações permanentemente. O sistema
permite efetuar adaptações para sistemas de telefonia celular e de
posicionamento por satélite (GPS), ou de programas personalizados para frota de
ônibus, por exemplo, ou para pedágios, ou mesmo para os sistemas de segurança e
automatização de funções.
Os cintos de segurança têm uma grande diferença em relação a modelos
existentes: os pontos de fixação estão integrados no piso. Em caso de
acidentes, os passageiros e o motorista ficam absolutamente firmes e protegidos
nos bancos. O sistema elétrico do automóvel é sumamente avançado.
Guy Nègre patenteou um sistema elétrico que reduziu toda a fiação para um único
cabo. O truque é um sistema com transmissão de dados pelo cabo que indica, via
computador, as funções elétricas a serem ativadas ou desligadas. Por exemplo,
faróis, pisca-pisca, alerta, etc. Com esta técnica se reduz em 20 kg o peso do
sistema, sendo a sua manutenção bastante simples. Esta inovação também foi
adaptada para a segurança e o funcionamento do carro que é ativado mediante uma
chave elétrica digital.
Já existem quatro modelos em produção: um táxi, inspirado nos clássicos
ingleses está em circulação experimental em Londres; ele possui diversas
vantagens para os passageiros e para motorista em relação a conforto, economia
e ergonomia. Uma Van e uma Pick-up foram desenvolvidas para simplificar o
trabalho de várias profissões urbanas, rurais ou industriais. Finalmente,
existe um modelo familiar, bastante espaçoso e com configurações diferentes,
que oferece diversas opções. O preço previsto para o consumidor final é de
dezoito mil Reais.
Isso se chegar a vender no Brasil!
Di Pietro
Outro
conceito que temos é o do motor Di Pietro, baseado em um pistão rotativo.
Diferentes dos atuais motores rotativos, este motor utiliza um sistema de
pistão simples rotativo (eixo condutor), que gira, sem qualquer atrito dentro
de um estator cilíndrico. O espaço entre o estator e o rotor é dividido, por divisores
de fluxo, em 6 câmaras de expansão. Estes divisores acompanham o movimento do
eixo condutor que gira em torno da parede do estator.
A guia do
eixo cilíndrico é forçada pela pressão do ar na sua parede exterior e movese
excentricamente, conduzindo o eixo do motor entre dois elementos de rolamento
montados neste eixo. O movimento de rolamento do eixo condutor no interior do
estator é amortecido por um filme de ar. O tempo de exaustão é regido por
pequenas fendas localizadas junto ao eixo de saída que gira com a mesma
velocidade do motor.
A
velocidade e torque são simplesmente controlados por estrangulamento da
quantidade ou da pressão de ar no motor. Este sistema oferece um torque
instantâneo a zero RPM e pode ser controlado com precisão refletindo em
partidas suaves e controle de aceleração.
Ar-comprimido no motor reduz consumo de combustível à metade.
Os veículos
híbridos e elétricos capturam a energia dos freios, transformando-a em energia
elétrica, que é utilizada para recarregar as baterias.
Per
Tunestal, engenheiro da Universidade de Lund, na Suécia, diz ter uma ideia
melhor.
Segundo
ele, seria melhor usar a energia das frenagens para comprimir ar dentro de um
pequeno cilindro.
Esse ar
pode ser então usado para ajudar a empurrar os pistões do motor, em um conceito
conhecido como motor híbrido a ar, ou híbrido pneumático.
Quando há
ar disponível no reservatório, o motor passa a funcionar no chamado "modo
compressor", em que a explosão do combustível é substituída pelo
ar-comprimido.
O veículo usa
ar comprimido para empurrar os pistões que resultam em um sistema biela
especial para transmitir movimento às rodas.
Como não é um
motor de combustão, nunca chega a mais de 30°C. Podemos tocar a mão, mesmo
após uma hora de funcionamento. Ele permite a construção de quase inteiramente de
alumínio, apenas 28 quilos (motor) para o modelo geral (4 cilindros).
A troca de
óleo só é necessária a cada 50 mil km rodados, e só é necessário 1 litro de óleo vegetal.
Os carros são
equipados com um duplo fundo que estão dispostos em um ou mais cilindros
projetados para acomodar cerca de 230
litros de ar comprimido a 350
bar. É 150 vezes a pressão dos pneus! Os tanques são colocados no sentido da
largura e são feitos de fibra de carbono no revestimento de plástico. A fibra
de carbono oferece segurança total. Em um único acidente, ele pode rasgar sem
consequências. Nenhuma explosão!
As saídas de
ar purificado, filtrado e, consequentemente, mais limpo do que o ar da rua, e
em uma temperatura de -20 ° C. É, portanto, aproveitado para ar-condicionado
grátis! Para o aquecimento, um dispositivo é fornecido.
Existem três maneiras de encher os tanques de ar comprimido:
Ou você usar o
compressor do sistema incorporado dentro do veículo. E o enchimento é feito em
aproximadamente quatro horas, conectado a uma tomada elétrica padrão, vai lhe
custar bem pouco.
Ou você usa
qualquer compressor de ar existente em qualquer posto , loja de pneus. Bastam apenas três minutos.
No futuro, as
turbinas eólicas erguidas ao longo de rodovias ou portos em rios poderiam
entregar ar comprimido diretamente, ignorando a produção de eletricidade. Mais
eficiente, mais ecológico!
A chave de
ignição é substituído por um cartão tipo cartão de crédito. Ele é detectado,
mesmo se ele ainda está no bolso do motorista.
Nem todas
essas possibilidades estarão incluídos no primeiro modelo, o AirPod.
Quais as Vantagens do Carro Movido a Ar?
- No carro
movido a Ar-Comprimido, sabe o que sai do "escapamento"? Apenas Ar!!!
- Pode ser
abastecido no mesmo tempo em que se prepara um miojo (3 minutos) com o custo
bem baixo para percorrer entre 200/300km. Mas e se não tiver um posto por
perto? Não tem problemas, como alternativa, o carro tem um pequeno compressor a
bordo que permite recarregar entre 3 e 4 horas conectado a rede elétrica.
- Reduz os
custos da produção de veículos em 20%; por não ser necessário a instalação de
um tanque de combustível, sistema de refrigeração e silenciadores;
- Devido a
ausência de combustão e resíduos, a troca de óleo (1 litro de óleo vegetal) ocorre a cada 50.000 km.
- A
temperatura do ar purificado que sai do escape está entre 0ºC e – 20ºC.
Permitindo assim a utilização para o próprio ar-condicionado do carro.
- Também
diferente do motor elétrico, motores de ar-comprimido tem uma vida útil muito
maior, e não irão poluir o ambiente como as baterias fazem quando descartadas,
e podem até serem reciclados.
- O “tanque de
combustível”, um cilindro, é feito de fibra de carbono, e, como o Ar não é
inflamável, não tem perigo de explodir.
- Acabaria com
o problema de poluição nas grandes cidades.
Vídeos:-
Reportagem do Fantástico em Janeiro-2008
...e até agora, nada!!!
Fontes:
engineair.com
acidulante.com
arcombustivel.com
gaia-movement.org
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