A Iluminação automotiva do século XIX ao século XX
Os primeiros veículos atingiam velocidades de aproximadamente 15 Km/h, desta forma os faróis não precisavam ter um grande desempenho pois o condutor tinha tempo para reagir antes um obstáculo. Nesta época bastavam lanternas a vela para atender este requisito.
Alguns anos depois, no início do século XX, os automóveis já atingiam velocidades maiores e, para viagens noturnas, se fazia necessário uma boa iluminação para que fosse possível antecipar qualquer obstáculo ou outro veículo na estrada. Com a primeira evolução das lanternas a óleo e querosene usadas em automóveis, surgiram os faróis a gás (acetileno) , imitando as conhecidas lanternas usadas pelos mineiros.
Nesta época já considerava-se tais acessórios para iluminação como uma necessidade fundamental para os automóveis da época, o que mais tarde ganharia o status de “item de segurança”.
Entretanto, conforme registrado na obra “Faróis de todos os tempos” de Perracini, (1990), o reinado do acetileno foi curto, cerca de 10 anos apenas. Neste período os progressos na arte de concentrar e multiplicar a luz com o uso de refletores foram grandes. Contudo havia um grande fator limitante nesta tecnologia: a distância da chama em relação ao ponto focal do refletor poderia provocar a queima do mesmo.
Este problema só foi resolvido com o advento da lâmpada elétrica para automóveis no ano de 1.905 que veio a substituir a chama três anos mais tarde. Este tipo de lâmpada pode ser milimetricamente posicionada sobre o ponto focal de um refletor parabólico para obter a máxima reflexão. Além disso, esta tecnologia possibilitou projetar a luz de forma mais abrangente ou mais concentrada, dependendo do que fosse mais adequada para cada situação, estrada ou cidade. Nesta fase os novos refletores passaram a ser repuxados ou estampados, em seguida passavam por um processo de prateamento e polimento da superfície refletora, tudo contribuindo para aumentar ainda mais a eficiência dos faróis. Com este aumento da capacidade de iluminar, os faróis passaram a criar um novo problema: o “ofuscamento” dos condutores que vinham no sentido contrário. Como isto afetava diretamente a segurança dos ocupantes dos veículos, logo surgiram leis regulamentando o uso destes dispositivos. Como solução imediata, passou-se a regular o facho dos faróis para baixo, porém isso diminuía muito o alcance dos mesmos em estrada, tornando a condução do veículo muito perigosa principalmente em locais totalmente sem iluminação.
A solução definitiva veio por volta de 1924 com surgimento das lâmpadas automotivas de dois filamentos. Um dos filamentos era ajustado para projetar a luz para frente permitindo um maior alcance, denominado facho alto, e o outro possuía um escudo defletor, assim a luz produzida por este podia ser refletida somente para baixo , clareando a estrada sem causar ofuscamento aos demais condutores.
O ano de 1.939 foi o ano de lançamento dos primeiros faróis “Sealed Beam”, fabricado pela empresa “General Eletric” nos Estados Unidos e vulgarmente conhecido no Brasil como “silibim”.
Desde 2004 temos acesso à tecnologia dos faróis com LED, que traz como vantagem a economia de energia de até 40% em comparação às lâmpadas de filamento, além de um maior tempo de vida.
Com um mercado cada vez mais moderno e com novas soluções luminotécnicas, podemos esperar produtos ainda mais eficientes em termos de design e segurança para os motoristas.
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
O sistema de iluminação de seu veículo é fundamental, tanto para você enxergar bem o seu trajeto, como para ser visto por todos os outros usuários da via e assim, garantir a segurança no trânsito. Sem iluminação, ou com iluminação deficiente, você poderá ser causa de colisão e de outros acidentes.
LUZES
O farol baixo deve ser usado na cidade e na estrada. O alto pode ser utilizado quando se trafega sozinho em uma rua ou estrada durante a noite. Ela amplia o campo de visão. Porém, não se deve utilizar farol alto se houver na direção contrária ou se existir outro carro á sua frente. Em ambos os casos o ofuscamento vai prejudicar a visibilidade do outro condutor.
Para viajar com o carro carregado é recomendável verificar a regulagem da altura dos faróis, já que o veículo ficará com a traseira mais baixa em relação á dianteira.
A falta ou excesso de luminosidade podem aumentar os riscos no transito. Ver e ser visto é uma regra básica para direção segura.
O bom estado dos faróis confere segurança no tráfego noturno, debaixo de neblina ou em dias chuvosos. É fundamental que o funcionamento dos faróis esteja perfeito. Já as luzes traseiras servem para sinalizar e orientar os demais condutores.
Além de acarretar em multa, luzes danificadas aumentam a possibilidade de acidentes. Portanto, verifique o funcionamento de cada uma das luzes do seu veículo. Caso encontre problemas, procure um mecânico e faça a troca.
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