Designer Sergio Pininfarina


  "A Itália perde um de seus embaixadores mais prestigiosos", lamentou Harald Wester, dono da Maserati, enquanto o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, lamentou a morte de "um gênio do Made in Italy".

 O estúdio italiano de design Pininfarina perdeu no dia 02 de Julho (2012) seu patrono, Sergio Pininfarina. De acordo com uma nota divulgada pela empresa, o designer faleceu aos 85 anos de idade em sua residência, em Turim, no norte da Itália, tendo ao seu lado a esposa Giorgia, e seus filhos, Lorenza e Paolo.   A causa da morte não foi revelada, mas sabe-se que o empresário estava com a saúde debilitada havia algum tempo.




Um pouco da sua história

  Sérgio Pininfarina foi preparado por seu pai Gian Battista, um ex-fabricante de carruagens em Turim que fundou a influente casa de design de automóveis na década de 1930, para sucedê-lo no negócio desde que ele era criança.


  Nascido em 1926, ele ingressou na empresa da família depois de se formar em engenharia mecânica pela Universidade Politécnica de Turim. Tornou-se presidente-executivo em 1961 e, em seguida, presidente do conselho quando seu pai morreu, em 1966.

 Sergio foi apontado como um dos mais criativos projetistas da indústria automobilística, com desenhos assinados para as mais diferentes marcas de veículos.

   O prestígio da família na Itália era tanto que ela foi autorizada a mudar seu nome para Pininfarina do original Farina com um decreto presidencial em 1961. Pinin, que significa 'o pequeno' no Piemonte, era o apelido de Gian Battista.


  Além da parceria histórica com a Ferrari, Alfa Romeo e Maserati (todas de propriedade da Fiat), Pininfarina também projetou automóveis para a Rolls-Royce e outros marcas não italianas.

  O Chevrolet Corvette Rondine de 1963, o Cadillac Allante de 1986, o Bentley Azure de 1995 e o Peugeot 406 Coupe de 1996 (projetado por Sergio) usavam o emblema Pininfarina.

  Sergio também projetou o Fiat 124 Spider de 1986, o Ferrari Testarossa de 1984, o Ferrari Enzo de 2002, o Maserati Quattroporte de 2003 e o Ferrari Scaglietti de 2004.



   Sergio também foi figura atuante na política da Itália. Pelo Partido Liberal, se elegeu deputado do parlamento europeu no fim da década de 70 e foi nomeado senador vitalício italiano em 2005.


  Em 2006, passou o cargo de CEO da Pininfarina para o filho Andrea, que morreu dois anos depois. Nesta época, a empresa começou a enfrentar problemas financeiros, agravados pela crise econômica de 2008. No ano passado a Pininfarina anunciou que abandonaria a fabricação própria de automóveis para se dedicar apenas a projetos de desenho e engenharia. 


Acordos de cooperação

Ferrari

   Sergio Pinifarina, ficou responsável desde o início pelas relações com Enzo Ferrari tendo sido nomeado director de projectos para todas as carroçarias da marca.
  A colaboração com a Ferrari estendeu-se a mais de vinte modelos, desde o Ferrari 212 Inter, uma das versões do Ferrari 212 com carroçaria Pinifarina apresentado em 1952, passando pelo Ferrari 250 apresentado em 1959 e que reflectia já a evolução do "design" de Pininfarina até ao mais recente Ferrari Superamerica de 2005.
Maseratti
  A cooperação com a Maseratti iniciou-se em 1948 quando esta decidiu iniciar a "produção em massa" de veículos (61 carros em três anos) e fabricou o A6, um coupé com design de Pininfarina. A cooperação decorreu em várias outras versões do A6 ao longo dos anos 50.
  Após um interregno de várias décadas em que a Pininfarina esteve ligada ao concorrente Ferrari, a cooperação foi retomada já neste século após a união das duas marcas no mesmo grupo, sendo o primeiro fruto desta nova cooperação a versão V do Maserati Quattroporte em 2003 e o Maserati GranTurismo em 2007.
Fiat
  Mais de 140 modelos nasceram da cooperação com a FIAT que Battista Pinifarina já conhecia desde os seus 18 anos, altura em que trabalhava na oficina do irmão e teve escolhido pelo próprio Giovanni Agnelli o seu desenho de radiador para o Fiat Zero.
  Desde então estabeleceu-se uma cooperação em mais de 140 modelos da marca italiana.
   A entrega pela Fiat em 1974 da produção do Campagnola, um todo o terreno para usos civis ou militares, e cuja produção decorreu até 1979, foi uma importante ajuda para o desenvolvimento da fábrica Pininfarina.

Alfa Romeo

   A cooperação com a Alfa Romeo iniciou-se em 1936, estendendo-se por vários modelos, nomeadamente o Giulietta Spider, fabricado a partir de 1964, cuja encomenda foi decisiva para que a Pininfarina atingisse uma dimensão industrial. Os últimos modelos da Alfa Romeo desenhados por Pinifarina foram o Spider e o GTV de 2004. 
Lancia
   O envolvimento de Vincenzo Lancia com Battista Pininfarina vem ainda do tempo em que este trabalhava na oficina do irmão, e havia desenhado os faróis para Lancia Dilambda. Quando em 1930 Pininfarina decide avançar com o seu próprio negócio o apoio de Lancia é determinante, quer economicamente como sócio minoritário, quer como cliente colocando desde logo as primeiras encomendas de carroçarias para automóveis Lancia. A colaboração prosseguiu com muitos outros modelos nomeadamente o Aprilia de 1947 com um coeficiente aerodinâmico de 0,47 impensável para a época.
Peugeot.
    A cooperação com a Peugeot iniciou-se em 1951 com o desenho da carroçaria do Peugeot 403 e prosseguiu ao longo dos anos com vários outros modelos da marca francesa, especialmente as versões  e cabriolé. A concepção e fabrico do modelo 406 Coupé iniciou uma nova fase de colaboração entre as duas firmas a partir de 1992. Apesar de pertencer à família Peugeot 406, foi concebido um carro totalmente novo apenas tendo em comum a parte mecânica e poucos mais componentes. Todo o fabrico foi realizado nas fábricas da Pininfarina que realizou investimentos importantes na adaptação das suas instalações para essa finalidade. Em Junho de 2003 a Pininfarina celebrou o fabrico do 406 Coupé número 100.000.
General Motors
   O primeiro contacto de Pininfarina com empresas do grupo General Motors (GM) dá-se pouco depois de ter criado a sua companhia ao preparar um chassis para o recém apresentado Cadillac V-16, por encomenda especial do Marajá de Orccha, na Índia, que pretendia um cabriolé para servir de veículo para a caça aos tigres. Após uma visita do vice-presidente da General Motors em meados dos anos 30, iniciou-se uma colaboração em vários modelos coupé e cabriolé que seria retomada após a Guerra chegando Pininfarina a ser recebido pelo presidente americano Eisenhower e a ser felicitado pelo presidente da GM pelo seu trabalho no Buick Lido Coupé cujo tecto se levantava ao abrir a porta, de forma a facilitar a entrada do condutor. A colaboração prosseguiu entre 1986 e 1993 com os chassis do Cadillac Allanté a serem transportados de Detroit para Turim onde recebiam as carroçarias Pininfarina. Nos anos 90 essa colaboração manifestou-se na concepção do protótipo Chrysler Chronos.
Chery
   A Pininfarina fez o Chery Cielo com uma dianteira em "U" e um design bem conservador.
 Em homenagem à esse brilhante designer do mundo automobilístico, o blog CHAVEIROTECH separou três de suas grandes obras:

Ferrari 250 GT

   No dia 24 de Fevereiro de 1962, na tradicional conferência de imprensa que marcava o início de cada temporada, a Ferrari impressionou tudo e todos com a apresentação daquele que talvez seja o mais icónico modelo da sua história – o 250 GTO.


Ferrari Testarossa

   Ferrari Testarossa de 1985, considerada uma das mais belas da história e abaixo a famosa Ferrari F40 apresentada em 1988, outro modelo que entrou pra história com linhas inconfundíveis e claro era um dos carros mais rápidos do mundo.


Ferrari Enzo

   O Ferrari Enzo é um super desportivo da Ferrari que recebe o nome do criador da companhia, Enzo Anselmo Ferrari. O carro foi construído com tecnologias usadas na Fórmula 1 e um sistema de aerodinâmica que levanta um pequeno spoiler e flaps quando em alta velocidade, criando sustentação para não deixá-lo descolar, possui um motor 6.0 V12 com 48 válvulas (2 de admissão e 2 de exaustão por cilindro).



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.




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